Wim Wenders, nascido em 14 de agosto de 1945 em Düsseldorf – Alemanha, largou as faculdades de medicina e filosofia com a intenção de se tornar pintor. Seu interesse por cinema surgiu em Paris, onde ele morou ainda jovem e tentou estudar artes, mas não foi aceito na academia. Foi em Munique, na Universidade de Televisão e Cinema, que a paixão tornou-se profissão e abriu caminho para que fizesse brilhantes filmes.
Dentre tantas obras, “Asas do Desejo” se destaca por ser um filme contemplativo, que observa e comenta sobre a vida, a passagem do tempo, a consciência a respeito de si e dos outros à sua volta. Anjos passeiam entre mortais ouvindo seus pensamentos e admirando suas vidas. Vêem o mundo em preto e branco por possuírem a imortalidade e não poderem desfrutar de ações e sentimentos dos mortais. Eles são invisíveis aos humanos, com exceção das crianças. Sendo comparados metaforicamente, por serem seres puros que buscam entender o mundo e sua identidade.
Wenders brinca com as câmeras e cores, colocando força e metáfora nos sentimentos e olhares. Vislumbra aspectos da existência humana. Estabelece uma comunicação entre o homem e o mundo sem dificuldades para representá-las.
Cena do Filme Asas do Desejo |